A clássica camisa branca e a metamorfose de Selah Sue




Selah Sue


Moda, arte e música são assuntos que estão sempre interligados aqui na Europa. E na Bélgica, uma cantora supertalentosa tem chamado a atenção, não só pelos seus hits, mas, também, pelas escolhas do seu figurino


Não é de hoje que falo em Selah Sue. Há pouco tempo, enchi-a de elogios aqui no blog. E, agora, trago um pouco mais sobre seu estilo minimalista e cheio de bossa.   


Com camisa de seda branca e calça preta de cintura alta, no último sábado, 5 de dezembro, a bela cantora "invadiu" o palco de Bruxelas com a clássica dupla P&B, arrancando suspiros e elogios.







Ovacionada pelo público por uma voz rouca e o olhar provocante de um belo par de olhos azul-piscina, o modelito clássico, também, não passou despercebido pelos milhares de fãs que a observavam da platéia. Selah abusou do minimalismo, simplificado por uma camisa branca e fluida, que, a cada movimento feito pela cantora, acompanhava a sensualidade de seu corpo como em um balé. 

Ao apresentar-se para um grande público, é provável que Selah Sue tenha pensado em um figurino minimalista e confortável, com formas largas e desprovido de cores, para não chamar a atenção para o seu corpo, uma vez que a cantora é tímida, mas incorpora o ritmo de sua música como ninguém.


E ela acertou em cheio. A sensualidade da "simples camisa branca" incorporada à sua cabeleira com um coque frouxo e desgrenhado, marca registrada desde sua primeira aparição na cena musical, abriu caminho para um estilo clássico cult e cheio de bossa.  

Agora, Selah amadurece e chega além de seu talento musical. Seu estilo, que antes estava por trás de um penteado, muito comum entre jovens cantoras europeias, ultrapassa as barreiras dos grupos e das tribos. Como em uma metamorfose, a cantora se liberta, transforma-se e incorpora uma artista mais conceitual. 



Uma retrospectiva da camisa branca no mundo das celebridades


Em tempos passados, a simples camisa branca, que já fez parte do armário masculino, também surgiu como uma peça para ser usada por baixo de tecidos mais pesados, com drapeados e bordados, cuja lavagem era cara e incomum.



Audrey Hepburn - http://www.pinterest.com

Na história da moda, a clássica camisa branca, também contemporânea e usada por Selah, teve muitas adeptas. Ícones de uma época, como Lauren Bacall, Grace Kelly, Audrey Hepburn, Marilyn Monroe, Madonna, Jennifer Grey, Julia Roberts, Isabella Rosselini, Uma Thurman, Sharon Stone, Carrie Bradshow e Carolina Herrera, foram algumas das mulheres famosas que abusaram da camisa branca em suas aparições pelo cinema e pelos salões mundo afora. 



Carolina Herrera - http://www.carolinaherrera.com/

Até as colegiais, na contracultura e/ou em seus mais improváveis devaneios, ousaram, transformando a camisa comum em uma peça moderna e juvenil, sensualizada em um "lacinho" acima do umbigo.

Atualmente, vemos atrizes e celebridades trajando a peça em múltiplas situações. No trabalho ou em momentos de maior descontração; com ternos, leggings ou jeans, a camisa branca aparece, sempre, como a "menina dos olhos", deixando o look clássico, moderno ou jovial, conforme as demais peças.



Julia Roberts - http://www.revistalofficiel.com.br

Nos anos 90, Julia Roberts sensualizou ao usar a camisa com um lacinho, por cima de seu "modelito de trabalho", no filme Pretty Woman (Uma linda Mulher) com o figurino da produtora americana Marilyn Vance; e ao vestir, também, desnuda, a camisa branca de seu par, Richard Gere. 

Em 2014, na cerimônia do Golden Globe Awards, novamente a atriz trouxe a camisa branca, em conjunto com um vestido longo, preto, fazendo a dupla P&B. Para alguns críticos de moda, o modelo usado por Julia não convenceu e deixou o público um tanto confuso para a ocasião.

Uma peça confortável, atemporal, cheia de referências e que interpreta diversos estilos. Essa é a representação da camisa branca para o guarda-roupa feminino!     



Bisous!   












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